Osmar Macedo/Correspondente Itatiaia
A situação do sistema prisional feminino, em Montes Claros (MG), escancara uma realidade crítica que se repete por todo o Brasil: a superlotação e a precariedade das unidades prisionais.
No Presídio Alvorada, destinado às mulheres, o número de detentas mais que dobra a capacidade da unidade. Projetado para abrigar 42 mulheres, o local já ultrapassa as 90 internas.
A vice-coordenadora da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Montes Claros, Maria das Dores Francisca Raposo, ressaltou ao repórter da 100,3 FM Itatiaia, Osmar Macedo, que “o estado crítico da unidade e cobra ações do poder público”.
A superlotação não é exclusividade de Montes Claros, uma vez que dados do Relatório de Informações Penais (Relipen), do Ministério da Justiça, divulgados em 2024, apontam um déficit de mais de 174 mil vagas no sistema prisional brasileiro. Minas Gerais, com mais de 65 mil presos, é o segundo estado com maior população carcerária.
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) informou que o Presídio Alvorada teve sua capacidade ampliada para 48 vagas e que ações estão sendo articuladas com o Judiciário para reduzir a lotação.
No entanto, a pasta afirma que “não há previsão de construção de uma unidade exclusivamente feminina em Montes Claros.”